segunda-feira, 12 de abril de 2010

As dinâmicas de grupo são ferramentas especiais para nos ajudar no trabalho pedagógico em salade aula. Pensando nisso, quero compartilhar algumas dinâmicas que achei bem interessantes e adequadas para fazermos com nossos alunos.
Aproveitem as sugestões!
1. Dinâmicas Quebra-Gelo (descontração)
Dois círculos

Objetivo: motivar um conhecimento inicial, para que as pessoas aprendam ao menos o nome umas das outras antes de se iniciar uma atividade em comum.

Para quantas pessoas: é importante que seja um número par de pessoas. Se não for o caso, o coordenador da dinâmica pode requisitar um “auxiliar”.

Material necessário: uma música animada, tocada ao violão ou com gravador.

Descrição da dinâmica: formam-se dois círculos, um dentro do outro, ambos com o mesmo número de pessoas. Quando começar a tocar a música, cada círculo gira para um lado. Quando a música pára de tocar, as pessoas devem se apresentar para quem parar à sua frente, dizendo o nome e alguma outra informação que o coordenador da dinâmica achar interessante para o momento.

Repete-se até que todos tenham se apresentado. A certa altura pode-se, também, misturar as pessoas dos dois círculos para que mais pessoas possam se conhecer.

2. Força do trabalho em equipe

Objetivo: Interagir com o grupo e refletir os problemas em grupo.

Desenvolvimento: Entregar 1 (um) balão para cada membro do grupo, ao som de uma música. Todos os participantes ficam ao centro do círculo e começam a jogar os balões para cima. O animador vai pedindo aos participantes que sentem e os demais não podem deixar os balões cair.

Conclusão: Quando os problemas são muitos e somos só um, sentimos mais dificuldades para resolver. Com o trabalho em equipe os problemas se resolvem mais rápido.

3.Uma viagem de navio

Objetivo: possibilitar o autoconhecimento e facilitar a integração.

Material: giz e aparelho de som.

Desenvolvimento:

1) O coordenador desenha no chão o espaço do navio. O espaço deve ser grande o suficiente para conter todo o grupo.

2) Pedir que todos entrem no navio, que se movimentem ao som da música, reconhecendo o espaço e cumprimentando-se de forma criativa, sem palavras.

3) O coordenador vai desenvolvendo as etapas da viagem, solicitando ao grupo que vivencie cada uma delas adequadamente:
- navegando em mares calmos;
- observando a natureza em volta;
- percebendo que uma tempestade se aproxima;
- enfrentando a tempestade;
- retornando à calmaria;
- avistando o porto;
- preparando-se para o fim da viagem;
- desembarcando.

4) No plenário, cada participante diz o que mais lhe chamou a atenção durante a viagem, avaliando o nível de suas relações e levantando as dificuldades. Em seguida, comparar a viagem com as relações no trabalho e na escola.

4. Jogo das mãos

Finalidade: Refletir sobre a importância da participação na resolução de problemas.

Para quantas pessoas: de seis até 25 participantes (grupos muito grandes deverão ser subdivididos)

Descrição da dinâmica:

Os participantes deverão ficar de pé, dando-se as mãos, como para uma brincadeira de roda.

O moderador explica que o grupo terá como objetivo “virar toda a roda ao contrário”, ou seja, todos deverão ficar de costas para o centro do círculo com os braços esticados (não vale ficar com os braços cruzados sobre o peito).

O jogo tem regras: os participantes não poderão soltar as mãos, nem falar, até conseguirem alcançar a posição.

O monitor dá início ao jogo, reforçando que o grupo deverá buscar uma maneira (estratégia) de atingir o objetivo, respeitando as regras estabelecidas.

A solução para este “problema”, que no início não parece ter solução, é simples: um dos participantes deverá erguer o braço do colega formando um arco ao alto pelo qual todos, ligeiramente agachados, passarão.

5. Nem o meu, nem o seu, o nosso

Finalidade: Propiciar um clima de descontração e integração entre os participantes do grupo.

Material necessário: rádio e CDs de música

Descrição da dinâmica:

1. Grupo de pé, espalhado pela sala. Música.

2. Pedir que todos se movimentem pela sala de acordo com a música, explorando os movimentos do corpo. Pôr música com ritmo cadenciado. Tempo.

3. Parar a música. Solicitar que formem dupla com a pessoa mais próxima e que, de braços dados, continuem a se movimentar no mesmo ritmo, procurando um passo comum, quando a música recomeçar.

4. Após um tempo, formar quartetos, e assim sucessivamente, até que todo o grupo esteja se movimentando junto, no mesmo passo.

5. Pedir que se espalhem novamente pela sala, parando num lugar e fechando os olhos.

6. Solicitar que respirem lentamente, até que se acalmem.

7. Abrir os olhos, sentar em círculo.

8. Plenário:
- O que pôde perceber com esta atividade?
- Que dificuldades encontrou na realização da dinâmica?
- Como está se sentindo?
Comentários:

Este é um trabalho leve e de muita alegria. O grupo se movimenta de forma descontraída, o que cria um clima propício para se trabalhar a integração entre os componentes. Pode ser enriquecido e acrescido de novas solicitações.

A atividade propicia, também, uma reflexão sobre a identidade do grupo, as diferenças de ritmo entre os participantes, a facilidade ou a dificuldade com que alcançam a harmonia, chegando a um passo comum.

O facilitador pode explorar a atividade, criando movimentos e formas que desafiem o ritmo grupal.